Os perfumes têm personalidade assim como as roupas. Mas, diferentemente, eles agem direto na emoção dos indivíduos, pulando etapas de racionalização. Assim, fragrâncias afetam nosso sistema límbico, uma estrutura cerebral responsável pelo gerenciamento das experiências emocionais básicas e respostas metabólicas, ou seja, perfumes podem nos sensibilizar, emocionar e até acelerar nosso corpo, aumentando a temperatura corporal, pressão arterial e frequência cardíaca.
Outro aspecto relevante vinculado aos aromas é a nossa alta capacidade de recordação. Enquanto nossa memória visual é curta - nem lembramos mais do rosto da pessoa que conversamos hoje cedo -, nossa memória olfativa é longa, somos capazes de recordar de fragrâncias da nossa infância.
Para o indivíduo isso pode ser estratégico, na medida que construímos uma identidade olfativa. Assim como a identidade visual, podemos escolher perfumes que representem ao máximo nossa personalidade e que sejam suficientemente marcantes para nos registrar na memória das pessoas.
Os perfumistas conseguem agrupar as fragrâncias por famílias olfativas. São 14 famílias caraterizadas por ingredientes, também chamados de notas, que são classificadas de acordo com a ordem em que evaporam da pele. Essas famílias têm características marcantes e, por isso, atraem pessoas diferentes.
Para fins práticos, podemos compreender toda a gama de perfumes masculinos em 4 grupos: homem sofisticado, clássico, sedutor e esportivo. O normal é que você se identifique com até dois grupos desses. E, sabendo disso, e tendo algumas fragrâncias como referência, fica muito mais fácil encontrar o seu novo perfume na imensidão de opções disponíveis no mercado - chega de cheirar a loja inteira!